Dê a definição com suas próprias palavras:
CÉLULA
TECIDO
ÓRGÃO
TECIDO ADIPOSO
TECIDO SANGUÍNEO
TECIDO CARTILAGINOSO
TECIDO ÓSSEO
TECIDO NERVOSO
TECIDO CONJUNTIVO
TECIDO MUSCULAR
SISTEMAS E APARELHOS
ORGANISMO
MEMBRANA PLASMÁTICA
CITOPLASMA
NÚCLEO
COMPLEXO DE GOLGI
LISOSSOMOS
RIBOSSOMOS
CENTRÍOLOS
MEMBRANA NUCLEAR
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
MITOCÔNDRIA
MITOSE
MEIOSE
CLASMOCITOSE
PINOCITOSE
FAGOCITOSE
OSMOSE
DNA
RNA
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Experiencias - Eletricidade e magnetismo
http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/
Bexigas carregadas
Acende ou não
Efeito quente
Associação de resistores
Atrai ou não atrai
Criando um imã
Eletroimã
Motor elétrico
Bexigas carregadas
Acende ou não
Efeito quente
Associação de resistores
Atrai ou não atrai
Criando um imã
Eletroimã
Motor elétrico
domingo, 8 de novembro de 2009
O curioso caso de Benjamin Burton - 7a
Filme a ser assistido pela 7a série.
Sinopse oficial: "Nasci sob circunstâncias incomuns". Assim começa Benjamin Button, adaptado do clássico conto de 1922 de F. Scott Fitzgerald, sobre um homem que nasce com seus oitenta e poucos anos e passa a rejuvenescer. Um homem, como qualquer um de nós, incapaz de parar o tempo. Acompanhamos sua história passada na Nova Orleans ao fim da Primeira Guerra Mundial em 1918 até chegarmos ao século 21, uma jornada tão incomum quanto pode ser a vida de qualquer homem. É um conto sobre a passagem do tempo, sobre as pessoas e lugares que ele encontra pelo caminho, os amores que perde e reencontra, os prazeres da vida e a tristeza da morte, sobre o que perdura além-tempo.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Comentários do filme "Césio 137" - 8a
Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia é um filme escrito e dirigido por Roberto Pires. O Roteiro foi baseado em depoimentos das próprias vítimas do acidente ocorrido em Goiânia em setembro de 1987 com uma cápsula de Césio 137 encontrada por dois catadores de sucata em um centro médico desativado. O filme tem Nelson Xavier e Joana Fomm no elenco.
Ver artigo principal: Acidente radiológico de Goiânia
[editar] Sinopse
O Filme se passa em Goiânia. Conta a história de Vává e seu amigo, que juntos descobrem uma peça de chumbo nas ruínas de um antigo hospital. A peça encontrada trata-se de material radioativo. Ela é levada por Vavá ao ferro velho de um amigo para vender. A partir disso, os amigos começam a sentir sintomas de contaminação por material radioativo e são levados à morte. Depois de achar a peça, eles vendem para um ferro velho, do qual Devair era dono. Devair e seus ajudantes quebram a peça e liberam a capsula de Césio 137, a partir dali eles se contaminaram com a radiação emitida pelo elemento, o Césio 137. Devair, então maravilhado pela cor azul e brilhante que o Césio 137, emitia, resolveu mostrar o pó brilhante para amigos e deu para seu irmão, Ivo, levar para mostrar à sua família. Ivo mostrou o pó para sua filha, Leide, que maravilhada disse ao pai sem saber o risco que aquele pó os trazia: "PAPAI VOCÊ É O MELHOR MÁGICO DO MUNDO!". A menina, que misturou o pó de césio nas suas mãos, poucas horas depois foi jantar, e contaminou toda a comida e o pão que ela estava na mão. Já contaminada, Leide, então considerada a maior fonte de radiação do mundo naquela época, ingeriu pó de césio. A garota tinha apenas 6 anos de idade. Leide então já havia se contaminado com radiação interna e externa. Pouco tempo depois, a menina começa a passar muito mal. Devair, seus ajudantes também passam mal, assim como os catadores de sucata, além de Maria Gabriela(esposa de Devair), da esposa de Ivo, e várias outras pessoas. Devair, maravilhado com a cor e com o brilho do pó de césio, decidiu mostrar o pó para várias pessoas, contaminando assim muitíssimas pessoas, além do vizinho que jogou o pó de césio, já que ele achava que para ele não era útil, na descarga de seu vaso sanitário(contaminando assim o esgoto, a água, e, conseqüentemente, mais pessoas). A esposa de Ivo, preocupada com o aparecimento dos sintomas de doença depois da chegada da peça que continha o brilho azul, resolveu levar a peça até um médico, que então desconfiou que aquilo se tratava de material radioativo. Maria Gabriela contaminou a todos com o pó no ônibus lotado em que levava o césio, e acabou contaminando mais milhares de pessoas. O médico então comunicou a comissão nacional de energia nuclear(CNEN), que interditou a rua 57, retirou todos os materiais radioativos, e retirou as pessoas que sentiam sintomas de radiação, bem como os animais que tiveram que ser sacrificados. Leide e Maria Gabriela tiveram que ser internadas pela grande radiação que elas tinham. Por fim não resistiram ao sintomas e morreram, em seguida, os catadores de sucata. No enterro foram apedrejados, já que a população desinformada suspeitava que as pessoas ali enterradas (a base de uma grande quantidade de chumbo em cima), emitiriam mesmo mortas radiação pelo solo, ou pelo ar, ou por qualquer parte que fosse, os materiais, roupas, fotos pessoais das famílias, objetos pessoais e mais milhares de coisas foram enterrados em um subterrâneo, dentro de barris, latões e outros depósitos ali encontrados, o lixo está em Abadia de Goiânia(GO) e bem enterrado, com uma quantidade muito grande de chumbo em cima, mas ainda a população tem seus medos, o lixo permanecerá lá por pelo menos mais 180 anos. Mais pessoas morreriam depois devido a radiação que sofreram, por câncer, ou por alguma mutação genética ou por apenas desgosto pelo sofrimento e com o descaso do governo que tratou o desastre e suas vítimas, além das doenças e das mutações genéticas as vítimas e mesmo as pessoas de Goiás, Goiânia, eram tratadas com muito preconceito, tendo seus carros destruídos em outros estados, tratados com descaso e medo, além de por grande parte do tempo ter tido dificuldade de exportar seus produtos após o acidente radiativo, é preciso se conscientizar que a energia nuclear e os elementos radioativos ou não, precisam ser tratados com cuidado, seriedade, e não como é tratados no Brasil e no resto do mundo, no Brasil existe 3 usinas nucleares localizadas em Angra dos reis (RJ). É preciso ter cuidado com essas fontes de energia nuclear e principalmente com a população como um todo. O acidente em Goiás com o césio 137 não foi o único que ocorreu no Brasil com elementos e fontes radioativas, vários acidentes desse tipo ocorreram sim, no qual o governo e a sociedade fizeram questão de esconder ou abafar o caso, isso é muito ruim e devemos nos conscientizar disso.
[editar] Elenco
Nelson Xavier
Joana Fomm
Paulo Betti
Stepan Nercessian
Paulo Gorgulho
Denise Milfont
Telma Reston
Marcelia Cartaxo
Mallú Moraes
Venerando Ribeiro
Carmem Moretzsohn
Ivan Marques
Mauri de Castro
Josiane Oliveira
Liege Salgado
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sio_137_-_O_Pesadelo_de_Goi%C3%A2nia_(filme)"
Ver artigo principal: Acidente radiológico de Goiânia
[editar] Sinopse
O Filme se passa em Goiânia. Conta a história de Vává e seu amigo, que juntos descobrem uma peça de chumbo nas ruínas de um antigo hospital. A peça encontrada trata-se de material radioativo. Ela é levada por Vavá ao ferro velho de um amigo para vender. A partir disso, os amigos começam a sentir sintomas de contaminação por material radioativo e são levados à morte. Depois de achar a peça, eles vendem para um ferro velho, do qual Devair era dono. Devair e seus ajudantes quebram a peça e liberam a capsula de Césio 137, a partir dali eles se contaminaram com a radiação emitida pelo elemento, o Césio 137. Devair, então maravilhado pela cor azul e brilhante que o Césio 137, emitia, resolveu mostrar o pó brilhante para amigos e deu para seu irmão, Ivo, levar para mostrar à sua família. Ivo mostrou o pó para sua filha, Leide, que maravilhada disse ao pai sem saber o risco que aquele pó os trazia: "PAPAI VOCÊ É O MELHOR MÁGICO DO MUNDO!". A menina, que misturou o pó de césio nas suas mãos, poucas horas depois foi jantar, e contaminou toda a comida e o pão que ela estava na mão. Já contaminada, Leide, então considerada a maior fonte de radiação do mundo naquela época, ingeriu pó de césio. A garota tinha apenas 6 anos de idade. Leide então já havia se contaminado com radiação interna e externa. Pouco tempo depois, a menina começa a passar muito mal. Devair, seus ajudantes também passam mal, assim como os catadores de sucata, além de Maria Gabriela(esposa de Devair), da esposa de Ivo, e várias outras pessoas. Devair, maravilhado com a cor e com o brilho do pó de césio, decidiu mostrar o pó para várias pessoas, contaminando assim muitíssimas pessoas, além do vizinho que jogou o pó de césio, já que ele achava que para ele não era útil, na descarga de seu vaso sanitário(contaminando assim o esgoto, a água, e, conseqüentemente, mais pessoas). A esposa de Ivo, preocupada com o aparecimento dos sintomas de doença depois da chegada da peça que continha o brilho azul, resolveu levar a peça até um médico, que então desconfiou que aquilo se tratava de material radioativo. Maria Gabriela contaminou a todos com o pó no ônibus lotado em que levava o césio, e acabou contaminando mais milhares de pessoas. O médico então comunicou a comissão nacional de energia nuclear(CNEN), que interditou a rua 57, retirou todos os materiais radioativos, e retirou as pessoas que sentiam sintomas de radiação, bem como os animais que tiveram que ser sacrificados. Leide e Maria Gabriela tiveram que ser internadas pela grande radiação que elas tinham. Por fim não resistiram ao sintomas e morreram, em seguida, os catadores de sucata. No enterro foram apedrejados, já que a população desinformada suspeitava que as pessoas ali enterradas (a base de uma grande quantidade de chumbo em cima), emitiriam mesmo mortas radiação pelo solo, ou pelo ar, ou por qualquer parte que fosse, os materiais, roupas, fotos pessoais das famílias, objetos pessoais e mais milhares de coisas foram enterrados em um subterrâneo, dentro de barris, latões e outros depósitos ali encontrados, o lixo está em Abadia de Goiânia(GO) e bem enterrado, com uma quantidade muito grande de chumbo em cima, mas ainda a população tem seus medos, o lixo permanecerá lá por pelo menos mais 180 anos. Mais pessoas morreriam depois devido a radiação que sofreram, por câncer, ou por alguma mutação genética ou por apenas desgosto pelo sofrimento e com o descaso do governo que tratou o desastre e suas vítimas, além das doenças e das mutações genéticas as vítimas e mesmo as pessoas de Goiás, Goiânia, eram tratadas com muito preconceito, tendo seus carros destruídos em outros estados, tratados com descaso e medo, além de por grande parte do tempo ter tido dificuldade de exportar seus produtos após o acidente radiativo, é preciso se conscientizar que a energia nuclear e os elementos radioativos ou não, precisam ser tratados com cuidado, seriedade, e não como é tratados no Brasil e no resto do mundo, no Brasil existe 3 usinas nucleares localizadas em Angra dos reis (RJ). É preciso ter cuidado com essas fontes de energia nuclear e principalmente com a população como um todo. O acidente em Goiás com o césio 137 não foi o único que ocorreu no Brasil com elementos e fontes radioativas, vários acidentes desse tipo ocorreram sim, no qual o governo e a sociedade fizeram questão de esconder ou abafar o caso, isso é muito ruim e devemos nos conscientizar disso.
[editar] Elenco
Nelson Xavier
Joana Fomm
Paulo Betti
Stepan Nercessian
Paulo Gorgulho
Denise Milfont
Telma Reston
Marcelia Cartaxo
Mallú Moraes
Venerando Ribeiro
Carmem Moretzsohn
Ivan Marques
Mauri de Castro
Josiane Oliveira
Liege Salgado
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sio_137_-_O_Pesadelo_de_Goi%C3%A2nia_(filme)"
Acidente radiológico de Goiânia
Acidente radiológico de Goiânia: irresponsabilidade e curiosidade
A fonte de Césio que deu origem ao maior acidente radiológico do mundo foi manipulada pela curiosidade de dois sucateiros que encontraram um aparelho de radioterapia, de um prédio abandonado da Santa Casa de Misericórdia. A reconstituição da história, desde o rompimento da fonte até a contaminação de pessoas e do meio ambiente, começa no dia 13 de setembro de 1987.
Era de manhã, um domingo, quando os dois sucateiros, Roberto e Wagner, removeram a máquina em um carrinho de mão até a casa de um deles. Eles ignoravam o que era aquela peça de 100 quilos, estavam apenas interessados no que podiam ganhar com ela, vendendo as partes de metal e chumbo em ferro-velhos da cidade.
Os dois foram até a casa de Roberto, onde, sob uma mangueira, quebraram a máquina, a golpes de marreta, até encontrar uma peça de chumbo, na verdade, um cabeçote. Ali, se encontrava um cilindro metálico que encapsulava o Césio (Cs-137). Roberto e Wagner violaram o cilindro, expondo o Césio e entrando em contato com a fonte radioativa. Eram 19 gramas de Césio prensado que acabou se fragmentando com a pressão feita pelos dois.
As pedras de Césio, então, bem como o material obtido com a destruição de toda a peça, foram oferecidas a Devair, dono de um ferro-velho, conhecido de ambos. Foi o local onde a cápsula rompida permaneceu por mais tempo. Sua mulher, Maria Gabriela, faleceu dias depois da interdição dos focos de contaminação.
A própria Maria Gabriela foi a primeira a relacionar os sintomas apresentados pelas pessoas da vizinhança, tais como naúseas, vômito, diarréia, dor de cabeça e febre, à presença daquele material desconhecido. Mas isso só ocorreu no dia 28 de setembro, quando então ela mesma se encarregou de levar o que restava da cápsula à Divisão de Vigilância Sanitária (DVS), próxima do local do acidente.
No intervalo entre os dias 13 e 28, as pedras de Césio passaram pelas mãos de outras pessoas. Devair foi o primeiro a perceber, por exemplo, a luminosidade que a cápsula emitia, perceptível principalmente à noite. O brilho atraiu sua curiosidade, fazendo com que a levasse para dentro de sua casa. O material foi distribuído entre parentes e amigos.
Dentre essas pessoas, estava seu irmão, Ivo que fora visitá-lo porque sabia que Devair estava doente. Na avaliação da família, ele estava com intoxicação alimentar. Na verdade, descobriu-se mais tarde que ele apresentava sintomas descritos pelos médicos como Síndrome Aguda da Radiação.
Ivo levou um pouco do pó de Césio para casa e mostrou as pedrinhas brilhantes para a esposa, a filha e os amigos. Sua filha, Leide das Neves, de seis anos de idade, não só manipulou as pedrinhas, como também ingeriu pequena quantidade delas. É que a menina brincou com as pedras antes do jantar e, ao alimentar-se, comeu césio misturado à comida. Leide foi a primeira a morrer. Ela foi considerada a maior fonte radioativa do mundo, já que foi quem mais absorveu a radiação do Césio de todos os que foram irradiados.
O vizinho de Devair, Edson Fabiano, também levou para casa algumas pedrinhas e compartilhou a beleza de seu brilho com seu irmão, Ernesto Fabiano, que fez o mesmo. A casa dele foi considerada um dos principais focos de contaminação, porque ele jogou o material radioativo no vaso sanitário.
O metal proveniente da máquina de radioterapia foi vendido para outro ferro-velho, cujo dono se chamava Joaquim. Ele devolveu a cápsula de césio por achar que não tinha valor comercial. Maria Gabriela, já convencida que o motivo dos problemas de saúde de Devair e dela mesma, era aquela cápsula, convenceu o marido de levá-la à DVS.
Os médicos que a receberam solicitaram a presença de físicas por desconfiarem de que seria material radioativo. O físico nuclear Valter Mendes, de Goiânia, constatou, no dia 29, que havia forte índices de radiação na Rua 57, do setor Aeroporto, bem como nas suas imediações. Ele acionou então a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), por considerar gravíssimo o acidente.
José Júlio Rosenthal, chefe do então Departamento de Instalações Nucleares, dirigiu-se à Goiânia no mesmo dia. Ao encontrar o quadro preocupante, acionou o médico Carlos Brandão da Cnen e também o médico Alexandre Rodrigues de Oliveira, da Nuclebrás (hoje, Indústrias Nucleares do Brasil). Eles chegaram à Goiânia no dia 30, quando a secretaria de Saúde do estado já fazia a triagem dos acidentados num estádio de futebol.
As que tinham entrado em contato com a fonte diretamente estavam num hospital do estado, que tinha uma enfermaria separada para atender as vítimas. De acordo com Alexandre de Oliveira, no estádio foram triadas cerca de 30 pessoas que apresentavam vômito, náusea, dor de cabeça, emagrecimento, dores no corpo e queda de cabelo. Outras dez foram encaminhadas ao hospital.
A primeira medida foi separar toda a roupa dessas pessoas, lavá-las com água e sabão para descontaminação externa. Depois, os que entraram em contato com a cápsula tomaram um quelante - substância que elimina os efeitos da radiação - chamado azul da prússia. Com ele, as partículas de césio saem do organismo pelas fezes e pela urina. Todo esse material foi reunido, encapsulado em contêineres de metal para posterior descarte em um depósito.
Quatro morreram pouco depois de um mês do acidente, Maria Gabriela, a menina Leide e dois funcionários do ferro-velho de Devair. Ele morreu anos depois de câncer no fígado, doença que, segundo os médicos da Superintendência Leide das Neves (Suleide) - criada para atendimento exclusivo e permanente dos acidentados - não se desenvolveu em função da exposição do paciente à fonte radioativa. (Lana Cristina)
A fonte de Césio que deu origem ao maior acidente radiológico do mundo foi manipulada pela curiosidade de dois sucateiros que encontraram um aparelho de radioterapia, de um prédio abandonado da Santa Casa de Misericórdia. A reconstituição da história, desde o rompimento da fonte até a contaminação de pessoas e do meio ambiente, começa no dia 13 de setembro de 1987.
Era de manhã, um domingo, quando os dois sucateiros, Roberto e Wagner, removeram a máquina em um carrinho de mão até a casa de um deles. Eles ignoravam o que era aquela peça de 100 quilos, estavam apenas interessados no que podiam ganhar com ela, vendendo as partes de metal e chumbo em ferro-velhos da cidade.
Os dois foram até a casa de Roberto, onde, sob uma mangueira, quebraram a máquina, a golpes de marreta, até encontrar uma peça de chumbo, na verdade, um cabeçote. Ali, se encontrava um cilindro metálico que encapsulava o Césio (Cs-137). Roberto e Wagner violaram o cilindro, expondo o Césio e entrando em contato com a fonte radioativa. Eram 19 gramas de Césio prensado que acabou se fragmentando com a pressão feita pelos dois.
As pedras de Césio, então, bem como o material obtido com a destruição de toda a peça, foram oferecidas a Devair, dono de um ferro-velho, conhecido de ambos. Foi o local onde a cápsula rompida permaneceu por mais tempo. Sua mulher, Maria Gabriela, faleceu dias depois da interdição dos focos de contaminação.
A própria Maria Gabriela foi a primeira a relacionar os sintomas apresentados pelas pessoas da vizinhança, tais como naúseas, vômito, diarréia, dor de cabeça e febre, à presença daquele material desconhecido. Mas isso só ocorreu no dia 28 de setembro, quando então ela mesma se encarregou de levar o que restava da cápsula à Divisão de Vigilância Sanitária (DVS), próxima do local do acidente.
No intervalo entre os dias 13 e 28, as pedras de Césio passaram pelas mãos de outras pessoas. Devair foi o primeiro a perceber, por exemplo, a luminosidade que a cápsula emitia, perceptível principalmente à noite. O brilho atraiu sua curiosidade, fazendo com que a levasse para dentro de sua casa. O material foi distribuído entre parentes e amigos.
Dentre essas pessoas, estava seu irmão, Ivo que fora visitá-lo porque sabia que Devair estava doente. Na avaliação da família, ele estava com intoxicação alimentar. Na verdade, descobriu-se mais tarde que ele apresentava sintomas descritos pelos médicos como Síndrome Aguda da Radiação.
Ivo levou um pouco do pó de Césio para casa e mostrou as pedrinhas brilhantes para a esposa, a filha e os amigos. Sua filha, Leide das Neves, de seis anos de idade, não só manipulou as pedrinhas, como também ingeriu pequena quantidade delas. É que a menina brincou com as pedras antes do jantar e, ao alimentar-se, comeu césio misturado à comida. Leide foi a primeira a morrer. Ela foi considerada a maior fonte radioativa do mundo, já que foi quem mais absorveu a radiação do Césio de todos os que foram irradiados.
O vizinho de Devair, Edson Fabiano, também levou para casa algumas pedrinhas e compartilhou a beleza de seu brilho com seu irmão, Ernesto Fabiano, que fez o mesmo. A casa dele foi considerada um dos principais focos de contaminação, porque ele jogou o material radioativo no vaso sanitário.
O metal proveniente da máquina de radioterapia foi vendido para outro ferro-velho, cujo dono se chamava Joaquim. Ele devolveu a cápsula de césio por achar que não tinha valor comercial. Maria Gabriela, já convencida que o motivo dos problemas de saúde de Devair e dela mesma, era aquela cápsula, convenceu o marido de levá-la à DVS.
Os médicos que a receberam solicitaram a presença de físicas por desconfiarem de que seria material radioativo. O físico nuclear Valter Mendes, de Goiânia, constatou, no dia 29, que havia forte índices de radiação na Rua 57, do setor Aeroporto, bem como nas suas imediações. Ele acionou então a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), por considerar gravíssimo o acidente.
José Júlio Rosenthal, chefe do então Departamento de Instalações Nucleares, dirigiu-se à Goiânia no mesmo dia. Ao encontrar o quadro preocupante, acionou o médico Carlos Brandão da Cnen e também o médico Alexandre Rodrigues de Oliveira, da Nuclebrás (hoje, Indústrias Nucleares do Brasil). Eles chegaram à Goiânia no dia 30, quando a secretaria de Saúde do estado já fazia a triagem dos acidentados num estádio de futebol.
As que tinham entrado em contato com a fonte diretamente estavam num hospital do estado, que tinha uma enfermaria separada para atender as vítimas. De acordo com Alexandre de Oliveira, no estádio foram triadas cerca de 30 pessoas que apresentavam vômito, náusea, dor de cabeça, emagrecimento, dores no corpo e queda de cabelo. Outras dez foram encaminhadas ao hospital.
A primeira medida foi separar toda a roupa dessas pessoas, lavá-las com água e sabão para descontaminação externa. Depois, os que entraram em contato com a cápsula tomaram um quelante - substância que elimina os efeitos da radiação - chamado azul da prússia. Com ele, as partículas de césio saem do organismo pelas fezes e pela urina. Todo esse material foi reunido, encapsulado em contêineres de metal para posterior descarte em um depósito.
Quatro morreram pouco depois de um mês do acidente, Maria Gabriela, a menina Leide e dois funcionários do ferro-velho de Devair. Ele morreu anos depois de câncer no fígado, doença que, segundo os médicos da Superintendência Leide das Neves (Suleide) - criada para atendimento exclusivo e permanente dos acidentados - não se desenvolveu em função da exposição do paciente à fonte radioativa. (Lana Cristina)
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